domingo, 12 de junho de 2011

"As crônicas da letra K"

“Na minha cama, durante as noites, tenho procurado aquele a quem minha alma tem amado. Procurei-o, mas não o achei” – Bíblia.

 “Como meu último pensamento crônico sobre K – da qual tenho certeza de que não terei mais amor- expresso a dor de tê-lo amado, não em secreto, pois todos sabiam que K fazia meu sangue pulsar lentamente e estes interpretaram esse amor como paixão repentina. Em meu único sonho com K, ganhava um anel. Era simplesmente perfeito, ele tinha seriedade ao me dar aquele círculo brilhante. Mas acordei e vi que em meus dedos magros e delicados o anel minuciosamente perfeito era só imaginário. Surpresa por saber que meu sentimento por K era tão vivo que estava deixando-me confusa até em sonhos. Hoje oro a Deus não para livrar-me deste sentimento, mas para mantê-lo ainda mais puro, porque se me apaixonei por K, ou melhor, por K**** é por que os olhos orientais que tanto prezo nunca será o suficientemente meu, pois K**** não irá sentir a mesma coisa por mim. Alias nunca ninguém amará uma ruiva de olhos castanhos que tem medo da solidão, que chora antes de dormir, que mente até pra si mesma a fim de afogar aquilo que a impede de viver de ser feliz, de ser amada, e que acima de tudo sofre por não ser amada, não por ter medo de retribuir a perfeição do amor, mais sim porque a guerra entre sua mente e seu coração nunca irá acabar. Muito prazer, eu sou L.S. e tenho medo de procurar o amor porque talvez ele não queira ser encontrado.

"As crônicas da letra K"

“Um pesar além da cura me sobreveio. Meu coração está enfermo!” – Bíblia.

Não sabia se a essa altura meu coração batia por saber que K era vivo em mim, ou por saber que ele não podia ser meu. Vendo meus pais como estão vejo-m desfalecendo em ruínas futuristas com K. Não era possível, examinar-me se sabia que examinaria somente as coisas de valor para mim. Achei que se deixasse o tempo cuidar de K por mim, tivesse a consciência limpa e pura; Mas pensei comigo: Como podia pensar em tal atrocidade se minha pureza tinha sido entregue a outro e não a K. Deus sabe como meu coração se sente aflito sobre estes pesares!Não é algo que quero me gabar, mas tem vezes que suspiro aos prantos de minhas lágrimas, a volta de algo sem volta. Tenho medo de entregar-me a K, se sei que será somente uma vez.


"As crônicas da letra K"


"De todas as formas possivelmente humanas de se morrer, escolho você para retirar meu último suspiro" - Larissa Souza.

Apesar de nunca ter ouvido a voz de K, descrevo nos mínimos detalhes que é a mais pura que minha mente já pode imaginar. O doce som das palavras que saem dos lábios rosados e intensos dele é como músicas de ninar. Elevam-me ao nível mais próximo do Paraíso. De todas as palavras já faladas, as de K são verdadeiras poesias sem rimas ou sentimento, mais são palavras repletas de significado pra mim. Indicam que um dia poderei ouvir 'eu te amo' ou 'como você está bonita hoje e depois dar o sorriso que K espera no final de cada palavra direcionada a mim. Confesso que um dia em quanto lia uma de minhas obras ridiculamente voltadas àqueles que querem passar por uma fase eternal e romântica, imaginei que K estava ao meu lado sorrindo inocentemente para meus olhos enquanto lia cada uma das frases que havia escrito tentando não me distrair pelo riso frenético e contagiante de meu amado, o riso bobo que me fazia querer estacionar o tempo por mais meia hora e ficar ali feita idiota só pra ver o sorriso várias vezes. Mas eu tinha de voltar à realidade, ouvir as cordas vocais dele vibrarem para mim era apenas fruto de minha imaginação sem fim quando se tratava da letra K, mas ainda seria um sonho possível e até fácil de realizar-se bastava simplesmente eu andar até sua direção e dizer - Estou aqui esperando pelo beijo de minha morte, suplico-lhe a morte se for o único modo de sentir o toque de seus lábios novamente.

"As crônicas da letra K"


“Quando ela estiver triste, abrace-a forte e não a deixe ir...” – Poemas aleatórios.

A sensação de sentir vazia faz com que meu sentimento por K cresça rápido demais e isso me afeta constantemente. As incertezas que tenho sobre meu futuro crescem junto com o sentimento que não sei distinguir. Pela primeira vez no dia de hoje fechei os olhos e chorei. Mas, não por ter um sentimento não correspondido, e sim por ter a certeza de que esse sentimento só cresce em mim e não no K. De noite enquanto tento adormecer as letras se confunde mais sempre o K surge e a imagem dele vem a minha mente. Por isso estabelece em mim o medo de deixar esse amor transformar em dor incessante aqui dentro. Tento não ultrapassar a linha entre o que é real e o que é real dentro de mim. Queria poder ouvir que um dia eu serei a amada da vez. Mas confesso que toda vez que os minutos passam me entrego ao desespero que o tempo me fornece. Saber que posso perdê-lo por qualquer coisa fica cada vez maior e eu não sei como evitar isso dentro de mim.
Ninguém é perfeito e isso determina o que você é pelo o que você faz. Se magoar alguém me sinto inteiramente desalinhada e o poder que se estabiliza em todo meu corpo, me ensina que não posso escolher entre o que é bom pra mim se fizer mal a quem está comigo. K tem me ensinado a suportar certas coisas e evitar outras que pairam em meu caminho. Quero que continuemos como está por que só assim saberei que meu amor continua sendo amor e não o ódio que aparece depois. Quero recuperar a imagem de K e parar, ignorando que tudo que acredito pode ser o fim de um começo – pois a pior parte do fim é ter de recomeçar. Se o amanhã chegar, eu quero estar aqui esperando.

"As crônicas da letra K"


“Nunca esperei, nunca quis, nunca pensei, mas se eu esperar será por você, se quiser será um beijo seu e se nunca pensar é porque minha consciência não terá culpa” - Larissa Souza.

Desde meu quatorze anos anseio um beijo de K, mesmo que isso fosse mera ilusão de minha juventude. Mas você em breve saberá quem é, já que seu nome é a pronuncia favorita de meus lábios e que tudo que provem dele nem sempre é o que quero pra mim, e isso torna a situação perfeita a meu ver. Faço citações ao inicio de cada crônica porque expressam cada sentimento meu por K.
Eu nunca esperei ser amada por ele, na verdade nunca esperei sentir amor por alguém como ele, mas meu coração foi traiçoeiro e me fez ver que nem sempre queremos algo que não podemos ter, até porque eu não fiz sequer um mero esforço para que K soubesse de mim. Apaixonei-me por K por que ele era aquilo que eu podia ter, mas tinha medo de possuir. K é minha personificação daquilo que chamo de sentir amor. K por mais longe que esteja sempre viverá em mim, porque não quero deixar de amá-lo, mas quero amá-lo eternamente, para que me lembre no futuro de que aquilo que eu deixei pra trás era algo importante pra mim e que me mudou completamente. Não posso dizer como me sinto, mas posso fazer algo a respeito por que se eu lutar por um amor impossível somente terei lutado contra eu mesma e terei feito aquilo que na verdade eu julgo ser o meu certo, por que K será parte não do para sempre, mas do meu para sempre.

"As crônicas da letra K"

“ E depois do último beijo, K desfaleceu meu coração em ruína de dizer-me adeus!” – Larissa Souza.

De novo me via pensando em K. Isso não era normal, não pra mim. Não podia pensar naqueles olhos pouco acinzentados e orientais sem cair no delírio de que eles estavam fixados em mim.
Mas porque ainda gastava pensamentos que me enchiam de esperança e me fazia chorar todas as noites, se eu sabia que nada realmente aconteceria? É por que tinha certeza de que quanto maior fosse o sentimento que existia maior seria meu ódio por ele quando tudo isso passasse. Mas não consigo odiar algo que tem dado sentido a minha vida. Suportar tudo que já cultivei por K, é a melhor sensação de dor existente dentro de mim.
É como a ferrada de uma abelha. Ali sobre sua pele, aquilo que parece ser tão indefeso, acaba sendo até mesmo letal. O que mais me intriga é o tamanho da dor que ela possa lhe causar. Então se meu sentimento por K é algo tão pequeno, mas causa-me uma imensa dor, prefiro suportar a dor a perder a chance de admirá-lo.